RESENHA – Fey: O Enigma de Ur.

feyTitulo: Fey: O Enigma de Ur.
Autor: Josué Matos.
Editora: PenDragon.
Número de Páginas: 208.

    Sinopse: Uma jovem garota órfã acorda em um quarto de hospital sem saber o que lhe aconteceu. Em determinados momentos ela se vê em meio a uma rede de intrigas na ONG da qual faz parte. Em outros momentos é atormentada pelo mistério de uma runa que surge em seu braço. Confusa, não distingue o real do imaginário, e se vê perdida e sozinha. Sem saber, carrega um enorme fardo sobre suas costas, o futuro da humanidade. Para salvá-la, ela precisará superar os obstáculos da vida; não sucumbir ao mal; acreditar, mesmo nas horas mais difícieis; não perder a esperança, mesmo sabendo que não há saída; não perder a fé, mesmo quando tudo estiver perdido; pois, quando menos esperamos, milagres acontecem.

    Junte-se a ela nessa busca. Sinta seu medo, apreensão e coragem. Uma aventura sem igual que vai lhe questionar o que é real ou fictício. Um belíssimo romance agnóstico que o fará repensar suas atitudes e postura perante o mundo.


    A pedido da editora a resenha deve ser dividida em duas partes, a primeira é uma crítica e a segunda uma opinião pessoal, então vamos começar.

    PARTE 1

    IMG_20160103_143002960_HDRAntes de tudo, a cada capítulo o livro muda de narração, hora narra a parte turística e hora narra o passado de Fey. Além disso, o livro se divide em duas partes.

    O livro se inicia com Fey acordando em um quarto, vestindo apenas um manto e algodão e se depara com um homem vestindo um jaleco branco, o homem traz muitas perguntas e nenhuma resposta. Quando digita um comando em seu tablet, é capaz de fazer com que Fey tenha várias sensações de dor ou alívio imediato.

    No braço de Fey se encontra um desenha muito similar com uma tatuagem, porém a protagonista começa a perceber que essa imagem se move. O homem de branco diz que quando a imagem se fixar no lugar certo, Fey terá todas suas respostas.

    No meio de diversas alucinações, a protagonista se encontra perdida e desesperada para saber o que aconteceu no tempo em que esteve inconsciente.  Essa é a parte futurística do livro.

    A parte do passado mostra o nascimento de Fey e como sua vida sempre seguia para caminhos errados, foi abandonada diversas vezes, e sempre tinha fracasso no amor, até que se apaixonou e tentou ser diferente. Essa parte dura até um final catastrófico que mostra toda a realidade para Fey.

    O livro é narrado em terceira pessoa, o autor não se incomodando em por gírias e palavrões em seu livro como aconteceria na vida real, a história se passa no Rio de Janeiro, logo traz um ponto a mais de realidade. Os melhores diálogos se encontram entre Fey e o homem de jaleco branco, os restantes diálogos são um ponto fraco do livro, principalmente quando emoções deveriam ser descritas, enquanto Fey se encontra com suas mães (sim, no plural), mas nada que vá diminuir a proposta da obra.

    Os personagens possuem características únicas, possuem seus únicos propósitos, fazendo com que aquele que seja mau vá exercer isso bem, assim como o que é bom vai exalar bondade. Ao passar do livro, Fey se depara diversas vezes em dúvida sobre a bondade e maldade das pessoas, fazendo parecer uma menina ingenua, porém mal sabe ela que suas dúvidas possuíam uma dose de verdades.

    A escrita de Josué Matos faz com quê o livro se passe bem rápido, parece dar vontade de ser lido em um dia e não deixa o leitor com preguiça, já que a história é um mix entre passado e futuro, o livro, a curiosidade fala maior que tudo e queremos ao máximo obter as respostas.


    PARTE 2

    Agora vem minha opinião pessoal.

    IMG_20160103_143053245Eu realmente achei que os diálogos poderiam ser mais bem elaborados, por outro lado temos os diálogos entre Fey e o homem de jaleco não possuem uma ligação entre os personagens já que o homem só está ali para fazer com que a moça desperte para a verdade e ela só está ali para sofrer até saber como descobrir a verdade, a falta de emoção entre os personagens foi algo que fez os diálogos serem tão bons, afinal, Fey realizava o papel do leitor querendo obter respostas e o homem do jaleco branco era o autor dizendo que vamos sim encontrar as respostas, só devemos ser merecedores para as alcançar, e só podemos resolver isso de um jeito, lendo o livro.

    A segunda parte eu achei bem melhor que a primeira, quando toda a narração se torna científica, tornando assim a obra de ficção científica que o livro prometia, uma pena é que a segunda parte só possui em torno de 30 páginas das 208 do livro, o que me deixou com esperanças de um segundo livro melhor que o primeiro, quando o fim desse deixa a entender que o próximo vai seguir uma história sem ter de mostrar acontecimentos passados do planeta terra.

    Tem algo que eu realmente não gostei, e esse parágrafo pode se encaixar como spoiler, logo quem não quiser ,não leia por favor. Ao descobrirem um novo planeta ele é nomeado como “HOPE”, eu não gostei pois o livro sempre faz menções ao Brasil e eu esperava que o planeta tomasse nome com nossa língua mãe e não uma estrangeira, em vista que os dois maiores cientistas a bordo da nave que está indo para o planeta são brasileiros.

    No melhor estilo Matrix o livro se encerra, gostaria de saber onde o autor vai tirar inspiração para realizar seu próximo livro, já que Fey será uma trilogia. Espero realmente ver um ótimo livro de ficção científica brasileiro em breve.


    Você pode comprar esse livro no site da própria Editora PenDrago e ele está com um preço bem camarada. O livro que a editora enviou está com a capa antiga e o que está vendendo a capa nova,é a mesma capa inicial desse post, devo dizer que a capa nova é muito mais bonita, sorte de quem vai comprar agora. Eu mesmo já estou pensando em comprar também apenas para ter mais essa capa, um pequeno segredo meu, sou viciado em comprar livros com capas variantes.

    Então se quiser comprar o livro, clica AQUI. Em breve tem resenha de mais um livro de Josué Matos publicado pela editora PenDragon. Até logo!

    4 comentários sobre “RESENHA – Fey: O Enigma de Ur.

    1. Olá Ayrton/Mariana, gostei bastante da resenha. Vcs acertaram em muitos pontos. Tudo no livro é feito de forma intencional, a verossimilhança dos diálogos (gírias,etc.), a qtde de páginas, a celeridade da narrativa, o uso de analepse e prolepse de forma intercalada. Meus primeiros 6 livros serão assim, rápidos. Em minha visão não há necessidade de se ter uma maior “elaboração” nas conversas entre os personagens, pois a premissa do livro, e, minha como autor, é ter uma história enxuta, leve e rápida, sem deixar pontos soltos. Uma história onde o leitor leia em uma tarde, e que, ao finaliza-la, questione o mundo a sua volta, afinal, esse questionamento não é definido pelo número de páginas, mas sim pela obra como um todo. Com relação ao nome “HOPE”, o mesmo tb tem um porquê, afinal o CERN não é uma instituição brasileira, e foi lá que tudo começou. Esse primeiro livro tem uma missão específica com relação a humanidade, infelizmente esse ponto não foi citado na resenha, todavia, isso não desmerece a qualidade da mesma. Obrigado por ajudar a literatura nacional, irei compartilhar a resenha em minhas redes sociais. Grande abraço.

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    2. ADOREI a resenha. A exigência de conter duas partes pode ter deixado a resenha enorme, mas ficou bem explicada, parabéns!
      Fiquei muito curiosa para ler o livro, vou procurar ❤

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