Número de Páginas: 235
Galveston foi publicado em 2015 pela editora intrínseca e é um dos meus livros favoritos pois quem escreveu foi Nic Pizzolatto, um cara que eu admiro muito o trabalho. Apesar de o tema já ter sido explorado em outros livros, assim como em outras mídias, a ambientação desse livro e o modo como Pizzolatto consegue passar as emoções nessas linhas.
Roy Cady é um cara mal, um matador de aluguel que descobre estar com câncer, como se não bastasse seu chefe armou para que ele fosse morto. No meio do tiroteio Roy imaginava ser o único ainda vivo então se depara com Rocky, uma prostituta iniciante que estava no local. Sem o que fazer, Roy sai em fuga com Rocky ao seu lado para Galveston. Essa é a premissa do livro.
Nic Pizzolatto é amado pelos fãs de True Detective, não é por acaso que a intrínseca colocou um selo gigante na capa, além disso não é a primeira vez que a editora se mostra fã da série já que foram eles que também publicaram O Rei Amarelo no Brasil depois da primeira temporada da série.
Nic consegue trazer nesse romance policial uma narrativa que se divide em duas partes paralelas, hora no passado e hora no futuro mostrando o que os acontecimentos do livro causaram. Isso me fez ficar ainda mais interessado pois demorei um pouco para perceber essa mudança e então fiquei em dúvidas sobre qual parte eu gostaria mais de ler, resumindo, li o livro em menos tempo que eu esperava ler.
Com apenas 235, Pizzolatto retrata tão bem essa “road trip de um anti-herói americano” quanto no filme “Wild at Heart” de David Lynch e “Badlands” de Terrence Malick, esse segundo é qual o livro mais me fez lembrar, um adulto fora da lei e uma jovem bonita seguindo a estrada. Indico cada um desses filmes, são ótimos.
Claro que para os fãs de True Detective o livro é um prato cheio pois traz um ambiente bastante similar o da série, porém para os que não conhecem o trabalho de Nic Pizzolatto essa é uma ótima oportunidade de conhecer esse fantástico roteirista e escritor.